Há algum tempo
tenho tentado entender uma nova coqueluche, como essas doenças que se espalham
e agente não sabe de onde vem e nem para onde vai, Thales Roberto simplesmente
roubou a cena, suas musicas invadiram rádios e igrejas, nas redes sociais suas
frases e refrões são postados como versículos ou filosofia religiosa
indispensável.
Claro que comecei
a ouvi – lo já pensando em escrever algo sobre ele, sei lá, a muito tempo o meio
chamado gospel não é balançado por algo
inovador, ouvi, ouvi e ouvi e nada, me esforcei , tentei decorar suas letras e
melodias e nada me vinha, ate que me veio um conselho salvador quando minha
esposa comentou com uma amiga que não
gostava muito do Thales e ela disparou com firmeza: - É porque você não ouviu direito!
Bingo!!! Realmente
eu não ouvira direito, pois eu estava tentando procurar algo especial ,
diferente, inovador, inspirador e revolucionário e é exatamente isto que falta .
Thales é um produto do seu tempo, um
figurão que vai ganhar muito dinheiro no que faz porque ele é a imagem de uma
geração.
Ele canta bem?
Resposta: canta, mais não encanta, seus rifes são batidos, seu swing técnico,
sua poesia pobre, não brinca com as
palavras, não tem sutileza, parte sempre
para palavras sem efeito, rustico, ele
repete e repete e repete como um mantra do gueto nova-iorquino , os refrães não
ficam na cabeça, não da vontade de aumentar o som, de cantar no banheiro ou de
pegar o violão e aprender a tocar.
É exatamente
isto que o povo quer, alguém que faz ate
bem feito mais sem profundidade, que compõe
ate bem , mas suas canções não marcam o coração, tem uma bela história de retorno as raízes religiosas mais por menos de quatro dígitos no cachê ele
não canta.
Thales é como
os evangélicos contemporâneos, bem
produzidos, bem assessorados , escravos
do marketing e da tecnologia, mais vazios como
um pastel de vento, rasos como
uma piscina infantil, desinteressante como um sermão romano, mais bem floreado
e maquiado com coroas de louros.
Só me resta
dizer: Deus da minha vida fica comigo...
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