domingo, 11 de setembro de 2011

Toca Raul!!!!



            Faça uma imagem na sua cabeça de Raul Seixas, tenho certeza que você projetou em sua memória a figura de um cara meio doidão, com roupas hippies dos anos setenta, um enorme cavanhaque e óculos escuros? Mas, você sabia que nem sempre foi assim?
            Raul saiu da Bahia junto com sua banda “os panteras” em direção ao Rio de Janeiro sob o convite de Jerry Adriane, Raul e sua banda iriam toca com o badalado cantor  e também tentar o estrelato, mas as coisas ficaram muito difíceis por lá, o rock já não era bem quisto pela sociedade moralista e paternal da época. Pois bem, imaginem rock baiano? 
            Mas, por obra do acaso ou do destino Raul arrumou um empregão, ele passou a ser executivo de uma gravadora de discos, agora o roqueiro era um homem de negócios de barba feita, terno, gravata e pastinha 007. Raul que cantara em uma de suas musicas que passou fome durante quatro anos na cidade maravilhosa, agora vivia em um belo apartamento e seus filhos poderiam comer do bom e do melhor.
            Em nosso conceito capitalista e pós – moderno, faríamos a seguinte equação: Raul saiu da Bahia sem grana, perambulou, sofreu, penou e chegou em um alto escalão de um a multinacional, logo, o cara era um sucesso, um exemplo a ser seguido, um talentoso empreendedor digno de uma biografia.
            Foi mais ou menos isto que Paulo Coelho pensou quando Raul apareceu em sua frente, foi na redação de uma revista editada por Paulo chamada “ A pomba”. Raul apareceu por lá vestido como um “homem de sucesso”, e depois de conversar sobre discos voadores convidou Paulo para jantar na casa dele.
            Paulo que na época era um Porra Loca, achou muito chato ter que jantar na casa daquele almofadinha, mais Paulo queria um emprego melhor e decidiu ir ao encontro, comer e quem sabe beber algo e no final pedir um emprego.
            Foi exatamente isto que aconteceu, Paulo chegou ao confortável apartamento onde Raul morava, tudo estava no lugar, mesa posta e um ar ritualístico e organizado, Paulo conversou um pouco e estava achando tudo muito chato, ao final de todo nhém, nhém, nhém, tomou coragem e perguntou se poderia enviar um curriculum para o Raul, a resposta surpreendeu a Paulo Coelho, a mim quando ouvi a história e talvez surpreenda você.
            Raul Seixas respondeu de forma segura com o seu sotaque soteropolitano: - Desculpe companheiro, não vai dá, é porque acabei de pedir demissão, quero fazer música. Raul foi até o quarto e voltou com um violão e mostrou algumas músicas para Paulo que ficou boquiaberto, na saída ele comentaria com sua namorada: - Esse cara é foda, vai deixar um empregão para virar musico, Paulo voltou para casa feliz por ter conhecido Raul.
            Também fiquei feliz em conhece - lo, não o roqueiro baiano em carne e osso, mais o Raulzito que canta dentro de minha alma. Pois, sempre tive um sonho em minha vida, ser professor, estudei feito um loco, sai do Rio de Janeiro para morar em Campinas, passei uma vida de cão, depois de dez anos ralando consegui um emprego em uma multinacional, finalmente estava estabilizado, ganhando o suficiente para uma vida sem exageros mais sem faltas, ate que terminei a faculdade de história e tomei uma decisão de abrir mão do emprego, me chamaram de louco, precipitado, inconseqüente, mais em mim existe um Raulzito.
            Então, assumi a coordenação de um curso de ensino à distancia, pequei algumas aulas e meti as caras, não posso dizer o que aconteceu, pois estou em transição e o futuro é incerto, mais existe em mim uma sensação de liberdade e felicidade tão grande que estou pensando em deixar o cavanhaque crescer, por óculos escuros ( já que não tem colírio)  pegar meu violão e cantar, então quando alguém gritar : “ TOCA RAUL!!!!” abrirei um sorriso e saberei que ele já toca em mim faz tempo.
           
             

Tião da Tijuca ou Tim Maia do Brasil?



            Tião era um menino rechonchudo e brigão que lá pelos idos dos anos quarenta ajudava seus pais que eram donos de uma pensão a entregar as marmitas.
            Muitas vezes Tião comia parte do conteúdo das quentinhas ou simplesmente as deixava na calçada para brincar um pouco ou jogar bola com seus amigos, e foi assim que Tião conheceu um menino magro e alto que vivia pela redondeza.
            O tempo passou e os meninos entraram na adolescência, e com ela surgiu uma nova maneira de ver a vida, era os tempos do Rock “II, Tião logo aprendeu a tocar bateria e violão e se apresentava em grupos nas quermesses das igrejas locais.
            Tião sempre muito extrovertido, engraçado e inteligente ensinou o alto e magro amigo a fazer as primeiras notas do violão. Em certo dia a campainha da casa de Tião toca e seu alto e magro amigo aparece com um desconhecido, um menino que acabara de chegar do Estado do Espírito Santo, o magrelo disse a Tião que o carinha cantava bem e queria ser famoso assim como Elvis.
            Sem perder tempo Tião que não era bobo convidou o tal carinha do Espírito Santo a cantar em uma conjunto de rock, nascia assim o mitológico e fracassado Sputiniks.
            As brigas eram enormes, Tião e o carinha se estranhavam o tempo todo, aliás, quase o tempo todo. Pois o local de ensaio ficava no porão da casa de Tião e eles paravam de tocar e de brigar para ficar olhando as pernas das meninas que andavam na calçada que ficava na altura de suas vistas.
            A gota d’água aconteceu após uma apresentação no programa Carlos Imperial, onde ao voltar da padaria onde foi comprar um lanche, Tião viu o carinha Capixaba cantando em solo para Carlos Imperial que o convidou para se apresentar na próxima semana sem os Sputniks.
            - Pô cara! Disse Tião: - Eu deixo você cantar  na minha banda e é assim que você me paga seu filho da ...
            A coisa ficou feia, Tião quebrou o violão e ficou possesso com a traição do carinha capixaba.
            Isso levou Tião a tomar uma decisão, ele conseguira com alguns padres uma passagem para os EUA, contou uma mentira que iria estudar televisão em Nova York  (Tião nunca ficava por baixo) e zarpou sem era e nem bera, sem saber falar uma palavra em inglês, sem dinheiro e sem perspectiva, queria fazer sucesso cantando por lá, mais o que conseguiu foi se viciar em drogas, passar fome e ser deportado por dirigir um carro roubado e sem habilitação       ( coisa que  nunca teve por toda a sua vida).
            E quando voltou deportado ao nosso país, Tião ligou a televisão e gritou o pior dos palavrões depois de ver bem quem estava na telinha.
            Era seu amigo magro e alto, aquele que ele ensinara a tocar violão, agora esse magricela era chamado de Erasmo Carlos “O Tremendão”, a coisa ficou pior depois que Tião observou o desgraçado do capixaba, ou melhor, o agora galã Roberto Carlos.
            Os olhos de Tião brilharam e ele pegou um ônibus para Sampa onde pretendia encontrar com os amigos. Ao chegar em frente ao teatro da TV Record Tião foi logo querendo entrar, mais foi barrado pelo segurança, bem que ele tentou argumentar dizendo que o Roberto cantava com Ele na Tijuca, e que ele ensinara o Erasmo a tocar violão e blá, blá, blá. Mas afinal, quem iria dar ouvidos a um negão, gordo, feio, com cabelo Black Power e ainda dizendo que cantava com o Roberto e que ensinou o Erasmo a tocar violão? Sem chance!
            Eis aí o grande divisor de águas, ou Tião voltava para casa, envergonhado, fracassado e deprimido, e passaria a vida inteira pobre e frustrado, tendo em casa um monte de discos de Roberto e Erasmo e ficaria contando que foi amigo deles e que poderia ter sido melhor ou igual ou ele seguiria seus sonhos e mudaria a sua história.
            Tião da Tijuca ou Tião marmiteiro como odiava ser chamado, não podia perder tempo, foi à luta, passou perrengue, morou de favor na casa do cantor Fábio, enquanto Fábio (famoso pela música Stela) levava para seu quarto uma bela mulher a cada noite, o gordinho Tião comia sonhos da padaria e dormia em um sofá desajeitado chamado carinhosamente de dromedário.
            O tempo passou, seus amigos ficavam mais ricos e famosos e Tião mais gordo e pobre, até que Tião radicalizou, faz campana em frente à casa de Roberto e quando a bela Nice ( esposa de Roberto no época) saiu para ir a praia Tião pulou a frente dela e contou a sua história e entregou uma fita com uma música, Nice fora educada e prometeu mostrar a música para o Rei.
            Pouco Tempo depois lá estava Tião na sala de Roberto com o seu violão velho e um gravador mostrando a sua composição para Roberto que prometeu gravar. E gravou um dos maiores sucessos da época e assim começava a mudar os ventos para o Marmiteiro Tião.
            O disco de Roberto saiu e o Brasil passou a cantar essa estrofe:
“HÁ MUITO TEMPO EU VIVI CALADO
MAS AGORA EU RESOLVI FALAR
CHEGOU A HORA, TEM QUE SER AGORA
COM VOCÊ NÃO POSSO MAIS FICAR
NÃO VOU FICAR , NÃO
EU NÃO VOU MAIS FICAR”
 Agora era só questão de tempo, e o tempo chegou, 1970, esse foi o ano da total metamorfose, 
Tião Marmiteiro se transformou em Tim Maia do Brasil,
o pai do Funck e Soul tupiniquim. A vida de Tim Maia do Brasil é inesgotável de história e lendas interessantes, mais esta me chama a atenção, pois a cada dia encontro com marmiteiros, pessoas talentosíssimas, inteligentes, criativas e que poderiam marcar a história, mais esses marmiteiros esqueceram seus sonhos, suas metas e alvos e se deixam levar pelas adversidades da vida. Muitos vêem os amigos darem certo e ficam a mercê disso tudo. Somos nós que decidimos se seremos Tião da Tijuca ou Tim Maia do Brasil! Faça a sua escolha.

This is it


Sempre fui fã inveterado do Michael Jackson, talvez por ser oriundo da década de oitenta onde ele esbanjava criatividade e revolucionava a musica POP.
Michael reinventou a produção de shows, o conceito do vídeo clipes os transformando em verdadeiros curtas metragens e gastando milhões em efeitos especiais, isto sem contar em sua voz extremamente afinada, seus arranjos perfeitos, sua maneira de vestir sempre trazendo o contraste da sua doçura com roupas e cara de garoto mau, isto tudo sem contar sua maneira de dançar extravagante, criativa e técnica,  isto que ainda não contabilizamos que ele é o maior vendedor de discos de todos os tempos.
Quem viveu a década de setenta e oitenta sabe que Michael era uma unanimidade, um artista completo e repleto de mistérios que serviam para turbinar sua imagem, diziam que ele dormia em um caixão para não envelhecer, que após a sua morte iria congelar - se para que um dia a medicina o pudesse  ressuscitar, diziam que em sua casa ele criava um elefante em seu quintal ( isto era verdade), ou como conseguira mudar de cor  ( Bleck or Whith?) e suas constantes operações plásticas.
Michael foi incrível, um dos poucos artistas que conseguiram fazer duas coisas terríveis comigo, a primeira é me deixar enquanto escrevo sem adjetivos para descreve – lo e a segunda é me fazer chorar quando chequei em casa e li na internet que ele havia morrido.
Eu seria piegas se essa crônica acabasse aqui apenas ressaltando os feitos artísticos e polemicas envolvendo o rei do pop, mais tenho que ir mais fundo, pois somente após a sua morte nós fãs, curiosos e outros que o detestavam tivemos a oportunidade de realmente conhece –lo.
Isto se deu quando assisti o documentário “This is it”, vi o filme meio desconfiado, achei a princípio uma baita forçassão de barra lançar um documentário  logo após a sua fatídica morte, achei  que estavam explorando a sua imagem e minha primeira reação foi de não querer ver, mas, como a curiosidade matou o gato, lá estava eu na sala da minha casa de olho na TV e nunca mais esquecerei da lição que aprendi.
Todos que assistiram “This is it “elogiaram o filme que mostra os ensaios do que seria a ultima turnê do artistas, uma maratona de cinqüenta shows que comemoraria seu aniversário e iria servir para reanimar suas finanças, mas os que assistiam elogiaram a bela produção, a qualidade dos dançarinos, dos músicos e até a boa forma que se encontrava Michael, dançando como nunca e cantando maravilhosamente.
Mas o filme é mais que isto, o filme mostra como um ser humano deve se portar diante do seu semelhante, embora fosse um POP STAR, Michael tratava a todos com um respeito e uma educação que me constrangeu, usava a palavra mágica “por favor”, agradecia e gentilmente  pedia e orientava seus comandados, não havia como seus súditos negarem seu pedido ou se sentirem diminuídos, é nítido no filme a alegria e motivação deles em trabalhar no projeto, não porque simplesmente estavam trabalhando com o Michael, mas como eles estavam se sentindo respeitados, valorizados e motivados a isto.
Michael me ensinou com luvas de pelica que quanto maior nossa posição, quanto mais somos visto e admirados não podemos acreditar que isto no faz superiores, na verdade, somos espelhos que devem refletir o nosso melhor, e fazer que as pessoas nos admirem não pelo que conquistamos, pelo que temos ou pela nossa posição, mais pelo que somos.
Michael foi um gentleman, aplaudia seus dançarinos, vibrava com os vocais e entrava em êxtase com a competência dos seus músicos e, mesmo quando tinha que chamar atenção o fazia com maestria, sem erguer a voz ou demonstrar  descontrole ou coisa do tipo, ele apontava o erro e todos refaziam a tarefa com um sorriso no rosto.
Michael sabia aplaudir, sabia olhar nos olhos e dizer a verdade sem magoar ou humilhar, pois, aquela era a sua equipe, escolhidos a dedo, eles eram a base para o sucesso de seu projeto, eles eram tão importantes como ele e Michael sabia disso.
Sua generosidade e humildade estavam acima de seu talento e este talvez  seja o segredo do sucesso.
Então, This is it.
 

Os Beatles corporativos


Você conhece os Beatles? Claro que sim, mas que pergunta idiota que eu fiz você não acha? Bem, mais será que conhece mesmo?
            Se você for beatlemaniaco irá dar os nomes das musicas, vinis e dos quatro integrantes da banda em fração de segundos, caso esse não seja o seu caso você pelo menos sabe quem foram eles, e sabe que foram a banda mais influentes do século XX.
A banda que revolucionou o conceito do show bizz, revolucionou a musica em seus mais profundos aspectos, ou seja, como se canta, se toca e compõe, resumindo, como se faz e se ouve musica.         
            Mas se eu lhe disser que a história poderia ser diferente, que tinha tudo para dar errado você acreditaria?
                        Como eles conseguiram chegar aonde ninguém nunca haviam chegado? Como conseguiram tamanho sucesso? Tamanho reconhecimento? Tamanha fortuna? Parece um mistério mais é simples de decifrar.
Portanto, gostando ou não dos Beatles acho que vale apena você tentar chegar ao final desse texto.
Caros leitores desculpem minha indiscrição e vou ser direto, Os Beatles foi a banda mais feia que eu já vi (tirando os Huguenotes banda que fiz parte durante cinco longos anos).
 Ringo com seu baita narigão, Jorge com seus dentes encavalados, Paul com seus olhos de peixe morto e John com seus olhos pequenos e um nariz que parece brotar do centro de sua testa ( no final da carreira ele me aparece com a Yoko Ono, poxa vida isso é de matar qualquer um!)
Apenas por curiosidade, antes do Ringo entrar na banda por volta de 1961 o baterista se chamava Pete Best ( a banda ainda se chamava Skiflle) e o tal Pete Beste foi expulso da banda sabe porque? Por ser bonito, o cara tocava muito mais que o Ringo ( há controvercias) mais era bonito demais e as meninas gritavam somente o nome dele e por isso o demitiram, colocando o horroroso Ringo Star no lugar.
Bem, os problemas não eram só de estetica, pois na mesma época da saida de Pete tambem saiu o baixista Stuart Sutcliffe que além de ser um pessimo musico tinha mania de tocar de costas para a plateia, depois de um tempo ele viria a morrer misteriosamente aos vinte e um anos de idade, dizem que foi por decorrencia de um chute que John Lennon deu em sua cabeça, mais nada ficou claro.
Daí mais  uma crise,  pois, Poul que sempre foi o mais talentoso teve que deixar a guitarra e ir tocar contrabaixo, na época ( como até hoje) o contrabaixo é um instrumento que a maioria não quer, ele serve muitas vezes como prêmio de consolação ( sou baixista e falo com propriedade), na época os baixista de rock eram os piores musicos, não era o caso de Paul, mais ele encarou e mesmo sendo o melhor musico da banda teve que se contentar com o instrumento de menor pretigio.
Com a formação definitiva: Paul, Lennon, Jorge e Ringo os Beatles em pouco tempo estavam fazendo algum sucesso em Leverpoll, encontrando o produtor Jorge Martin que  resolveu investir neles.
Bem, ele quase desistiu, pois os caras estavam ainda um tanto “crú”, Lennon desafinava demasiadamente e tocava mal o seu violão ( arranhava bem na gaita, mais qual banda vive de um bom gaiteiro?), Ringo atravassava ou corria o tempo das músicas, Jorge não sabia lá muita coisa de guitarra, apenas algumas escalas e algumas notas, muito pouco para quem gostaria de ser um profissional, além de tudo os estudios eram pessimos, não havia estrutura e qualidade, tudo tinha que ser gravado em um dia só, pois eram muito caros ainda mais para gastar com quatro caras que anunciavam um fracasso estrondoso.
Ai vem a grande virada!!!!
Os Beatles viraram um time, uma equipe e focaram em um alvo: o sucesso, e para isso levantaram a cabeça, reconheceram suas limitações e  demarcaram os pontos fortes,  traçaram uma estratégia e partiram para cima     ( sangue nos olhos)
Sabe Como?
Com muito Trabalho, se trancafiaram nos estudios onde ali compunham, ensaiavam, estudavam, trocavam ideias, brigavam bastante e  tocavam e tocavam sem parar, e assim começaram a produzir muita coisa boa, não existe sucesso ou exito sem esses itens bem definidos: sonho, equipe, trabalho, criatividade, produção, estudo, força de vontade e  planejamento, tudo isso alinhado ao talento e com persistencia os resultados são naturais e quase instantaneos, a banda se desenvolvia e começava a alçar um alto vôô.
 Emeirando – se  dia a dia, pagavam o preço, suavam a comisa, consequiram pegar todos os fatores contrários e transforma – los em algo a favor, a gaita de Lennon foi usada em muitas musicas que posteriormemte se tornatiam classicas como em “Love me do” por exemplo.
Sua voz levemente desafinada serviu para por peso nas canções, já que elas ficavam sem força por falta de equipamentos adequados, Paul fez do contrabaixo um novo instrumento, suas bases revolucionaram a época e deram um novo ritimo a musica de seu tempo, Jorge introduziu sua maneira singular de tocar sua guitarra, logo era percebida e diferenciada de qualquer outra de banda de rock.
E o Ringo? Simplesmente aprendeu a não atrapalhar os outros e a tocar no tempo certo da musica, além do mais, para dar um charme especial tiverama ideia de  juntarem as vozes, John, Jorge e Paul aprenderam a cantar juntos e fizeram de tres vozes distintas algo unissono, ou  seja,  consequiram formar um estilo proprio, formaram sua propria personalidade e uma maneira unica de fazer as coisas, isso é fundamental para quem quer ter exito na cerreira.
Para fortalecer o espirito de equipe eles fizeram algo inovador, nas apresentações ao vivo ou na tv  a  banda que  tinha dois vocalistas principais posicionava cada um de um lado oposto do palco, Poul direita, John na esquerda e  no centro Jorge e sua guitarra, para que isso? Como haviam poucas cameras( no máximo tres) uma no centro e as outras duas em cada extremidade do palco isto gerava uma ótica fantastica, pois de qualquer foco a banda inteira aparecia no video, sempre quando um telespectador olhava para a tv viam lá os quatro, de qualquer ponto os Beatles estavam completos e juntos.
Como uma explosão atômica a  banda estourou não só na Inglaterra, mais também nos E.U.A e depois no mundo inteiro, muitos shows, apresentações, mulheres se derretendo e o tão sonhado sucesso chegou, mais eles não se derem por satisfeitos. Alias, era apenas o inicio.
Muitos profissionais trabalham muito assim como os Beatles, consequem fazer parte de uma equipe, se dedicam, amadurecem e depois  acomodam – se.
Cuidado com isso, os Beatles antes dos trinta anos estavam ricos e tinham vendidos tantos discos que poderiam apenas esticar as pernas e jogar tudo para o ar, mais eles tinham um foco, um alvo e motivação, eram uma equipe forte e determinanda que nunca se abatia e estavam determinados  a não se acomodaram nunca, queriam sempre algo mais, e é esse algo mais que não nos permite parar nunca.
A história segue, mais quero parar por aqui, pois quero usar os Beatles apenas como um exemplo simples  de que  sonho alinhado a  ousadia, inteligencia, espirito de equipe, inovação, talento e trabalho pode revolucionar o mundo e gerar resultados nunca alcançados ( sucesso), ou seja, podemos nos lançar em um projeto e usar até as nossas  limitações ( lembre – se como eles eram feios?) a nosso favor, os fatores que nos parece mais inutil, fora de contexto e  de estetica, podem ser uma chave, suas limitações podem gerar inovações e seus talentos gerarem criações autenticas.
Por isto, Beatles é mais que uma banda,  é um estilo de sucesso prático.

O perna – de – pau campeão.

            No mundo do futebol sempre fui considerado como um perna – de pau, ou seja, o cara se nenhum jeito para coisa, sem estilo, sem habilidade ou domínio de bola, sem  velocidade ou força física e, para piorar eu tinha um problema na coluna que  me impedia de correr por muito tempo, ter mobilidade e sentia muitas dores, isso me deixava ainda pior.
            Tive que nascer um perna – de -  pau logo para o futebol, o esporte mais popular do país, o esporte onde a maioria dos pais querem ver seus filhos se darem bem, nasci sem nenhum jeito para o esporte que muitos sonhavam em profissionalizar – se ( inclusive eu até eu me dar conta que nem para gandula serviria).
            Senti por muito tempo o peso de ser um irremediável perna – de pau, pois, pernas – de -  pau são considerados como seres de uma casta inferior, são hostilizados, xingados, expulsos das peladas de domingo e por muito tem que se contentar mesmo em ficar de fora só olhando, ou vale apelar de vez,  comprando uma bola para obrigar os colegas a os escalar, caso contrario levaram a pelota embora, e aí, fim de partida ( agora entendo porque mamãe sempre me dava bolas novas de presente).
            Mas houve um dia em que tudo foi diferente, existia um timinho na rua da casa da minha avó, esse time era formado somente por camaradas, alguns dos meus primos, meu irmão e colegas que gostavam muito de mim, como não éramos muitos ganhei uma camisa do time, eu era o numero oito, e descobri que iria para um grande e importante jogo, mais não como titular absoluto, não como o craque ou como o goleador, eu seria o reserva. 
Enfim, chegara o dia do grande clássico: Morro da Cocada X Caminho do Manhoso, e lá estava eu sentado no banco (banco no modo de dizer) na verdade estava debaixo de uma grande árvore sentado sobre a sua raiz, era eu o reserva do grande Morro da Cocada.
            O jogo foi difícil, os meninos adversários eram maiores e o jogo era no campo deles, havia até torcida, a pressão estava grande, jogo catimbado e nervoso, até que ainda no primeiro tempo meu irmão Sandro fez o nosso primeiro gol, os caras do Caminho do Manhoso ficaram loucos, e partiram para cima, e logo empataram 1X1, que jogo dramático.
            Veio o segundo tempo e parecia que iramos tomar um coro dos caras, colocaram bola na trave, perderam um pênalti e jogavam muito melhor que nós, mais tínhamos raça e lutávamos muito para fugir da derrota, e eu tomei uma atitude, comecei a pedir para entrar na partida, gritava a todos os pulmões que queria jogar, não iria ficar na reserva, estava criando mais um problema para o nosso capitão, pois além dos problemas em campo ele tinham aquele perna  - de  - pau pedindo pra entrar.
            A torcida vendo o meu desespero começou a chiar e a reclamar (a maioria formada pelas mães dos meninos adversários) essas mães compartilhando comigo a angustia de ser reserva e estavam revoltadas pedindo para me colocar nem que fosse um pouquinho.
            Assim, aos quarenta minutos do segundo tempo ganhamos um escanteio, seria talvez a nossa última chance, o capitão pediu para meu irmão sair (meu irmão era um dos craques do time) e fez um sinal para que eu entrasse, meu irmão passou por mim e me olhou nos olhos, parti em disparada para dentro da área inimiga, me posicionei um primo meu que jogava no time adversário gritou que não precisavam se preocupar em me marcar, pois, eu era um perna – de – pau e a própria natureza se incumbiria disso.
            A bola partiu do corner direito, subiu alto e veio cair no meio da área, o zagueiro adversário tentou tirar com a cabeça, a bola resvalou nele e quicou na minha frente, ou melhor, nas minhas costas, pois estava de costas para o gol, sabe lá Deus como, eu impulsionei o corpo em uma quase bicicleta e  bati  com toda a força na bola que entrou no canto do goleiro, UM GOLAÇO!!!!!!!
Levantei todo sujo de areia e vi os amigos felizes correndo em minha direção, ao olhar para o gol a bola estava lá dentro, os adversários murmurando e o goleiro se levantando lentamente, então entendi, eu, o reserva, agora era o salvador da pátria, fui aclamado, gritaram meu nome, abraçaram – me, me deram até um refrigerante, e quando contei para o meu pai nem ele acreditou.
Mais, como alegria de pobre dura pouco, no próximo jogo eu iniciei como titular absoluto, mas, aos cinco minutos de jogo tudo voltou ao normal, chamaram meu irmão para entrar e me consolaram dizendo:  - Sergio, volta para a reserva, lá é o seu lugar. Assim acaba minha carreira meteórica no futebol.
 Mais na vida de  reserva ainda iria me acompanhar.
Era mais dia do mês de vendas, um dia estressante e difícil, onde, como se diz na gíria de vendas: “uma correria”, pois necessitava bater ainda algumas metas para melhorar meu salário, até que no final do dia meu celular tocou e meu chefe pediu para eu passar na empresa assim que terminasse o serviço, assim o fiz.
Chegando ao escritório ele me disse que a conversa seria com os gerentes, engoli seco e por um minuto pensei o pior, fiquei ali esperando um pouco e logo nos chamaram, já que não era o único (havia mais um amigo no mesmo barco que eu).
Os gerentes enfatizaram nossas qualidades, massagearam nosso ego, ressaltaram nossas honestidade e fidelidade a camisa da empresa, falaram sobre remuneração e que não tinham nada que nos desabonasse muito pelo contrario éramos acima de qualquer suspeita e após esse rodeio todo veio a noticia, eu e meu amigo estávamos na reserva.
Meu amigo engoliu seco e em seus olhos havia frustração, ele estava desconsolado e em busca de uma explicação, decepcionado, se sentindo diminuído e rebaixado a segunda classe.
Mas eu Já havia passado por isso antes, abri um sorriso. Agradeci, enchi o peito de ar e a cabeça de idéias e sai aliviado. Lá fora abracei meu amigo e tentei anima – lo, eu era o reserva mais feliz do mundo.
Reserva em nossa empresa é o vendedor que não tem rota fixa, ou seja, não tem carteira de cliente, o reserva é o cara que cobre as férias, licenças e tapa os buracos, e por muito tempo eram colocados nessa situação profissionais novos de casa, sem experiência necessária ou que eram desqualificados ou indisciplinados.
Por culpa de nossa cultura futebolística em nossa empresa os reservas eram os pernas – de pau, seres de casta inferior, péssimos profissionais, muitos colegas chegavam de canto e murmuravam algo como:  - Você de reserva? Como pode isso? Você é bom cara!
Pois é, ser reserva pode ser um problema para o ego profissional, pode ser algo desmotivador, pode nos fazer pensar que estamos em segundo plano e a um passo da porta da rua, ser reserva pode ser para muitos um atestado de perna – de pau, mais para mim não foi, sabe por quê? Porque não jogo futebol.
Isso mesmo, no mundo dos esportes o futebol de campo como chamamos no Brasil é um dos poucos esportes onde ser reserva pode transparecer falta de técnica, experiência e outras qualidades, o futebol é um dos poucos esportes que reservas parecem pernas – de pau esperando uma chance (assim como eu quando criança).
No vôlei, por exemplo, existem jogadores reservas que são preparados para condições específicas como: sacar, bloquear ou defender, eles entram fazem  o que tem que ser feito ( e muito bem por sinal) e voltam para o banco, assim é no futebol de salão, basquete e na maioria dos esportes coletivos, só no futebol de campo e na empresa que trabalho sofremos do “paradigma do perna – de pau”.
Por isso mudei de esporte, passei a olhar – me como o jogador específico, me transformei no homem que entra para levantar a bola para o atacante detonar com o adversário, virei o bloqueador dos ataques inimigos, virei o arremessador perfeito que não erra um tiro de três pontos, virei o armador que executa perfeitamente o que o técnico manda, me especializei – me em vender, negociar e atender com presteza, passei confiança para os meus colegas e superiores deixando claro com resultados que estou preparado para ajuda – los vencer.
No esporte chamado mundo corporativo a bola rola e somente os que entendem a sua posição e seu papel na partida chegam à vitória, somente aqueles que treinam até a exaustão, que tem raça e garra, somente os que têm força interior e preparo cruzam a linha de chegada e levantam o troféu.
Assim, entendi que o reserva é o que treina mais, é o cara disciplinado, focado, tem técnica apurada e tem a oportunidade de jogar com todos os companheiros.
Reservas podem passar por várias posições, por isso são privilegiados, pois aprendem a observar quando estão no banco e quando entram na partida tem a visão de alguém de fora e assim uma visão mais ampla e diretiva, reservas ficam mais tempo ao lado do técnico e quando são escalados ganharam mais que uma vaga, ganham um voto de confiança. Reservas são os que nos surpreendem.
Portanto, ser reserva não me fez um perna – de pau, me fez um craque, não me deixou pensando em desistir, muito pelo contrário, me deu mais força para ganhar a partida, os titulares que se cuidem.
 E, entendi finalmente que o que faz o profissional de sucesso não é onde ele está, mais como ele está, e eu estou preparado, em forma, e louco pra entrar em campo.
Posso ser reserva, mais a partida ainda nem começou.

Nando Reis e meu dia Infernal.

Um belo dia andando por uma loja de variedades olhei um CD que me chamou a atenção, não só por sua capa um tanto extravagante ( um desenho meio mau feito do cantor com o violão), mas pelo nome dado:  Infernal.
Assim, peguei – o na mão e conferi o seu interprete, Nando Reis, recordava - me  dele ainda nos tempos dos Titães, lembrei que ainda não tinha ouvido nada por inteiro depois que saiu da banda, só ouvira  as músicas isoladas na Tv e no rádio, mas para mim isto não basta, tinha que ouvi – lo por inteiro por isso levei o infernal para casa.
Meu telefone não parava de tocar, era final do mês e eu estava negativo na cota, a pressão estava grande, estávamos com problemas na entrega de nossos produtos e os clientes estavam dispostos a descarregar sua ira em meus ouvidos, sinceramente não estava lá naqueles dias chamados bons, minha esposa estava meio de bico comigo e por um motivo que nem eu mesmo sei, meu supervisor me ligava e reclamava incessantemente das metas não batidas e outras coisas a mais, enfim, tava de saco cheio e ainda por cima debaixo de um calor infernal.
Infernal? Foi isso que pensei, aquele Cd que comprara a alguns meses e que ainda não tinha ouvido, peguei – o e coloquei no aparelho de som do carro, mas que desastre, odiei o que ouvi, fiquei mais bravo do que estava, o som parecia arranhar meus ouvidos, praguejei contra o Nando por ter gravado algo tão pífio e me culpei de ter pago um valor que dava para comer algo que realmente valesse apena e sem pensar duas vezes mandei o Infernal para o Inferno.
O tempo passou e aquele Cd continuava lá, dentro do meu porta – CDs, eu passava e repassava por ele e lembrava daquele fatídico dia em que o ouvi, mas tudo seria diferente, outro mês viria e tiraria infernal do purgatório.
Estava feliz, sim muito feliz, consegui bater a cota do mês e ganhar o premio  extra oferecido pala empresa, minha mulher estava um amor, os entregadores e motoristas resolveram trabalhar e o grande calor agora era um dia fresco e agradável dia, resolvi ouvir algo, e entre Tim Maia, Beatles, Detonautas e Maria Rita percebi o desprezado Nando Reis, coloquei o Cd no aparelho do carro e me surpreendi, Infernal era divino, um Cd muito bem tocado, contendo arranjos criativos, musicas inéditas, em inglês e regravações, fiquei admirado, ouvi – o durante todo o dia e hoje é um dos meus prediletos, assim aprendi uma grande lição:
Dias ruins não são um fim em si mesmo, muitas vezes nossas negociações dão errado não porque somos péssimos profissionais ou que nossos produtos sofrem rejeição, nossas negociações não acontecem muitas vezes porque o cliente ou até mesmo nós profissionais estamos vivendo um dia infernal.
Claro que isto não pode ser usado como desculpa pelos maus vendedores, mas nós verdadeiros homens de negócio temos que ter este faro, chegamos no cliente e ele nos dá pouca atenção, ou simplesmente se nega a olhar nosso Portifólio de produtos, ou mudamente sinaliza que não quer nada, pois é, o problema não é você, mais o dia infernal.
Meu conselho, respire, pense em uma estratégia e reze para que na próxima visita o dia infernal tenha passado.
O Cd é ótimo mais por causa de meu inferno astral reneguei e rechacei uma obra prima, muitos clientes fazem isto, perdem ótimas oportunidades de negócio, deixam de lucrar pois não tiveram paciência de ouvir uma proposta irrecusável.
Dias infernais acontecem com os vendedores, clientes e até com ótimos cantores, mas os dias passam e para quem tem obstinação e garra o infernal fica só na canção.

Igual mais diferente.



            Normalmente quando um cantor está em declínio ou em uma fase de pouca inspiração eles apelam para as regravações, ou seja, regravam os seus sucessos do passado e assim vão tocando as suas carreiras, mais quando um cantor está na lona ele apela para gravar sucessos de outras pessoas, claro que isto não é uma regra, mais sim uma tendência, pois normalmente estas regravações ficam pobres e transparecem uma tentativa agonizante de manter esses artistas ainda com os holofotes acesos.
            Como toda regra há uma exceção, confesso que um cara me surpreendeu, pois ele escolheu o complicado caminho de regravações de outros cantores, quando ouvi falar de Emmerson Nogueira pela primeira vez juro que o julguei mau, já disparei que ele era um cara sem talento tentando fazer sucesso com o sucesso dos outros, mais caí do cavalo, pois bem, em um sebo encontrei o Cd "Beatles" de Emmerson, como estava bem baratinho decidi dá uma chance para ele e ouvir os sucessos dos outros cantado por ele.
            Resumindo a história, o Emmerson fez a minha tese ruir, ele me ensinou que podemos fazer o igual ser diferente. Realmente ele canta as musicas dos outros, afinal, isto todo mundo faz, mais ele canta de uma maneira especial, Emmerson consegue transparecer segurança, talento e acima de tudo competência e personalidade.
             Em nossas profissões muitos fazem as mesmas coisas que fazemos, se você é vendedor saiba que existe em sua empresa muitos outros vendedores, se é secretária existem muitas outras secretárias e por aí vai. Portanto, não devemos nos preocupar em fazer ou ser melhor que os outros, essa é uma luta que nos leva a neurose e a frustração, devemos fazer de nosso jeito.
            Igual mais diferente, fazer o nosso serviço e nele imprimir a nossa personalidade, nossas cores, nossa maneira, devemos desenvolver o igual sendo diferentes, devemos nos inspirar nos sucessos dos outros e faze – los nossos, sem sermos superficiais e piegas, mais implantando o nosso tempero e beleza.
            Emmerson Nogueira é prático, objetivo e transparente, ele consegue melhorar o que já é bom, consegue criar coisas novas com o que já existe, consegue se expressar com diferentes expressões, Emmerson consegue ser diferente em um mundo igual esse é o segredo de seu sucesso

Ditador ou democrata?


Liderar não é uma tarefa das mais fáceis, pois exige antes de qualquer coisa um dom inerente na pessoa (líderes não são feitos em laboratório), Também se faz um erro pensar que nosso temperamento determina nosso poder de liderança, ou seja, quem tem um temperamento mais explosivo, pró - ativo ou dinâmico irá se destacar mais do que quem ainda não os tem.
Salientamos a princípio que o temperamento pode ser um fator importante e um potencializador dos atos de liderar. Mas não determina quem será ou não um líder.
Afinal, o que realmente faz uma pessoa um líder eficaz? O que realmente garante a Excelência da liderança? Com certeza a liderança eficaz é uma saborosa salada onde os elementos tem que ser combinados e misturados na proporção certa.
Portanto, princípios como caráter, competência, honestidade, firmeza, ternura, alvos, planejamento, organização, visão, austeridade e virtudes, isto aliados a  um conglomerado de centenas de valores positivos irão nos ajudar a viver uma liderança produtiva e sadia.
Mais existe um fator que sinceramente ainda não li em nenhum livro (se alguém encontrar, favor me passe à referência), pois o que irá determinar quem seremos como líder está ligado a uma  escolha, se seremos DITADORES ou DEMOCRATAS.
Os Ditadores são líderes meteóricos, hipnóticos e exuberantes, fazem nossos olhos brilharem, nosso coração disparar, quando eles afloram nos anestesiam, enchem nossas mentes com sonhos que ainda não sonhamos, nos enchem de esperanças e ideais grandiosos. Ditadores são fortes, inteligentes, semideuses da oratória e da articulação política. Pense em Hitler, Benito Mussolini, Stalin, Getúlio Vargas, todos fizeram suas nações explodirem em euforias patrióticas, revelando – se a resposta encarnada.
Mas com o passar do tempo a benção se torna maldição, a cura metamorfoseia – se em doença, os grandes sonhos populares revelam – se megalomania de um homem só.
Egoísmo, terrorismo, genocídio, sectarismo, xenofobias e intolerância afloram e quando o povo cai em si já é tarde de mais, os ditadores são aclamados e amados no início, mas quando mostram suas verdadeiras intenções já é tarde, a navalha já cortou a carne, a destruição já se abateu.
Todo o aplauso e hesitação inicial desfecham em um buraco negro na alma de quem rendeu a sua vida aos valores ditatoriais, em suma, quem escolhe ser ditador, será amado, aclamado, aplaudido, louvado e até mesmo divinizado, mas no fim não restará nada, nem sonhos, nem ideais, nem alegria e nem ditador.
Mais existe outra opção, o grande desafio de ser um democrata, digo desafio, pois lideres são tentados a se tornar ditadores, primeiro por causa do seu ego, segundo porque o povo exige que o líder o seja. ( o povo gosta de quem diz o que eles tem ou que não tem que fazer).
Mas ser democrata é que são elas, pois o democrata não trabalha com a força militar ou punitiva, mas é aliado da razão e do bom senso, são escravos da diplomacia, da boa negociação, do bem comum e do melhor para todos. Não olham apenas para o próprio umbigo, mais se apegam a ternura, a maturidade e a força e a mobilização da ética e da verdade.
Ser um democrata exige jogo de cintura, peito de remador, firmeza de um pilar, ouvidos apurados, faro de labrador, asas de águias, língua afiada e coração de leão, mais acima de tudo, alma de fênix, pois um verdadeiro democrata tem que estar preparado para a incompreensão e a todo o momento terá alguém tramando ou conspirando contra ele, pois mesmo que seja carismáticos dificilmente será verdadeiramente amado, a todo o momento será  incompreendido, ou taxado de fraco, mais seus exemplos sempre falarão mais alto que qualquer objeção.
Democrata e ditadores são o avesso, côncavo e convexo, pois ditadores assim como são amados serão destruídos, democratas são rechaçados e incompreendidos, mais ao final são amados e tidos como heróis eternos.
Liderar é uma arte mais, escolher que tipo de líderes será é uma questão de plena sabedoria. Faça a sua!




Um Banquinho e um violão


Sempre tive uma pulga atrás da orelha com os cantores de bares, aqueles caras que ficam a noite inteira com o violão, um microfone e uma pasta  plástica onde levam seu repertório, e ficam ali cantando baixinho todo tipo de sucesso popular em troca de um cachê que não paga uma porção de batatas fritas.
            Fico pensando: O que leva alguém a ser cantor de barzinho? Você já prestou atenção neles? Na maioria das vezes cantam horas e horas e não ganham nenhum aplauso, nenhum assovio, não o chamam de lindo, não tentam agarra – lo, ninguém mostra cartazes ou postes com suas fotos estampadas ( a não ser que a mãe de algum deles esteja na platéia) e,  ao final das apresentações simplesmente desligam os equipamentos, põe o violão na capa e vão embora, não há sessão de fotos, autógrafos, fãs clubes, não há ninguém. Mas, na próxima semana lá estão eles cantando e tocando e o ciclo recomeça.
            Acredito que não fomos preparados para sermos cantores de bares, pois todos nós sonhamos e nos preparamos desde pequenos para sermos POP STAR, queremos ser os ídolos e não coadjuvantes, quer uma prova disso? Todo menino que gosta de futebol sonha e deseja ser o artilheiro do seu time de coração, sonha em ser famoso e rico, sonha em ser ovacionado pela torcida e de ver sua imagem no FIFA SOCCER.
 Toda menina que sonha em ser modelo imagina – se linda desfilando nas passarelas do mundo todo, aplaudida e fotografada em seu glamour, sonham em ser capa de revista e aparecer nos programas de TV.
Aos treze anos quando entrei na aula de violão nunca passou pela minha cabeça ser cantor de barzinho, eu queria ser como os caras do Gunses’ Roses, ter uma banda que lotasse os estádios e recebesse um disco de ouro, mais ser cantor de bar? Sem chance!
            Mas hoje foi diferente, a pulga que estava atrás de minha orelha falou comigo, fui almoçar em um restaurante e lá estava ele, exatamente como já o descrevi: microfone, violão, pastinha de plástico e algo mais.
            E foi exatamente esse algo mais que me levou a refletir e agora admira – los, pois o cara para ser cantor de barzinho tem que ser muito talentoso, disciplinado e afinado, não lhe é permitido errar, pois se ele desafina ou esquece um acorde mesmo que ninguém esteja com os olhos voltados para ele vão perceber o erro e com certeza irá irritar o publico e talvez acabar precocemente com muitos jantares.
                        Cantores de bar tem que ser pessoas bem resolvidas, tem que saber para que veio, se mostrarem agradáveis, copetentes e digestivos. Pois não terão tapinhas nas costas, aplausos e não podem viver frustradas e deprimidas por causa disso.
Muitas vezes o reconhecimento vem de forma disfarçada e quase imperceptível e silenciosa, por exemplo: quando as pessoas ficam um pouco mais no bar, mandam bilhetes oferecendo alguma canção para alguém que amam, quando algumas pessoas ( na maioria alguns gatos  pingados) cantam junto mesmo baixinho ou quando mesmo inconscientemente voltam na próxima semana.
Cantores de bares sabem exatamente o que deve ser feito, cantar e tocar bem mesmo quando ninguém aparenta estar prestando atenção. Assim, para cantar em bar se faz necessário gostar muito do que faz e faze – lo com esmero e perfeição mesmo quando alguns viram as costas.
A verdade é que alguns nasceram para POP STAR e serão fenômenos em qualquer campo de atuação, são pessoas que tem o seu brilho próprio e vão se destacar por seu talento fora do comum, são os chamados: fora de série, por outro lado, cantores de bar parecem serem feitos em serie, cada boteco tem um, é por essas e outras que  talvez a maioria de nós nessa vida seremos cantores de bar, nunca receberemos os aplausos que desejamos, nunca ganharemos o salário que achamos justo, não vamos ter fãs clubes,não daremos autógrafos e  não vamos ser reconhecidos pelo grande publico e  ficaremos muitas vezes sozinhos gastando a voz no microfone e os dedos nas cordas do violão e com a certeza que os outros estão mais preocupados com seus chopps e porções de calabresa do que com nosso esforço.
Mas quando fazemos com paixão, dedicação, afinação, competência, honestidade, ensaio, transpiração e persistentemente seremos ouvidos, mesmo que pareça que vivemos em um mundo de surdos, sei que seremos ouvidos. Pois quando fazemos do nosso trabalho uma musica alguém ouvirá.
Há, lá no restaurante onde tive hoje o cantor tocou brilhantemente uma musica do Chico Buarque, cantei bem baixinho e quando vi as lágrimas correram em meu rosto, aquele cantor de bar hoje sem saber ganhou seu primeiro fã. Faça os seus.

Sun Tzu dizia:

           É com a frase acima que começa os capítulos do tão badalado livro “A arte da Guerra”, alguns anos atrás eu li o livro, torci o nariz, não gostei e não entendi porque tantas pessoas falavam bem dele, achei o livro monótono, chato e sem força literária.
            Na semana passada a arte da guerra cruzou novamente o meu caminho, entrei em uma banca de jornal para comprar um áudio book sobre Freud, mas para minha surpresa só podia levar o áudio book de Freud se também levasse “A Arte da guerra” (uma venda casada), já que é assim, comprei e resolvi ouvir os conselhos de Sun Tzu novamente, foi a melhor coisa que fiz.
            Nessa nova audição do livro reafirmei algumas opiniões, o livro realmente é muuuuito chato, monótono e sem peso literário, mais isso não tira seu valor, aliás, um valor que está intrínseco em suas linhas.
            O livro foi uma decepção para mim na primeira leitura e tenho certeza que para muitos leitores não só pelos motivos que citei a cima, mais creio que frustrou a muitos porque fala muito sobre a guerra e muito pouco sobre a batalha ( E como gostamos de uma batalha)
            Como assim? Quando falamos de guerra o que vem na nossa cabeça são imagens como as do filme “Coração Valente” de Mel Gibson, onde braços são mutilados, pessoas são mortas e o sangue quase jorra através da tela, isto é batalha e não guerra, embora uma dependa da outra são ações distintas e podem existir em separado, vou tentar ser mais específico:    
            A “Arte da Guerra” fala da ARTE da guerra e não da arte da batalha, fala de estratégia e inteligência, fala de planejamento de frieza e segurança, fala de formar um exercito submisso, bem preparado, forte e bem alimentado, fala que os generais têm que ser perspicazes, estrategistas, fortes, inteligentes, bons negociadores e  admirados por seus subordinados e temidos pelos inimigos.
  A guerra se dá porque existe um inimigo, mais nem sempre a batalha será necessária, pois guerra se faz com os golpes intelectuais e não com golpes de espada.
            Muitos de nós ao sair de casa pela manhã nos preparamos para a batalha e não temos nenhuma preparação para a guerra, aliás, achamos que a vida é uma eterna batalha, uma luta medieval, corpo a corpo pela sobrevivência onde temos que digladiar tudo e todos, destilamos golpes que ferem e matam até os aliados, isso nos cansa, nos faz sangrar, nos faz andar em circulo, gastar munição inutilmente e por muito ficar desarmados e ter que bater em retirada, isso nos estressa e nos deixa na duvida se  sobreviveremos.
 Se você pensa assim meu caro ouça os conselhos de Sun Tzu, a vida não é uma batalha, a vida é uma guerra, temos que nos preparar para ela com  destreza, disciplina, trabalho, organização, metas, planejamento, estratégias bem definidas e bem executadas, ter munição suficiente e suprimentos armazenados, arma em punho e coragem para lutar sem pensar em retroceder.
Sabendo que sem obediência, segurança e submissão aos nossos generais estamos lançados a própria sorte e soldados de verdade não se ariscam a ficarem sem comando, seja fiel a sua bandeira, ou seja, suas idéias, princípios e observando as leis e parâmetros do exercito onde você serve          ( no caso a empresa),
Então, mesmo que a batalha aconteça você sairá vencedor, mesmo que o inimigo se levante ele se curvará, mesmo que sejamos atacados nosso poder de reação será muito superior, pois estamos prontos e preparados para a guerra, e o inimigo que se cuide, é vitória certa.
Assim dizia Sun Tzu...

O vinil e a qualidade profissional.

           A cada década temos visto e tentando acompanhar as mudanças tecnológicas, a cada mês novos lançamentos tem movimentado a indústrias tecnológicas e por mais que tentemos nos atualizar as novidades são enormes e distribuídas nas lojas muito rapidamente, mal acostumamos com os MP3, aí já veio o MP4 MP5 etc. (já nem sei em que numero os MPs estão, ou se eles ainda existem) isto nos deixa a sensação de que estamos ficando para trás, que estamos desatualizados e sempre no passado.
Bem, cada década exige também um tipo de profissional, e o perfil tem mudado mais rápido que os MPs, as empresas estão cada vez mais vorazes em buscar o profissional que se encaixe dentro de suas expectativas e esse profissional tem que ter algumas características que estão ligadas intimamente a realidade tecnológica, ou seja, o profissional hoje tem que ser um Ipod.
Os Ipods são aparelhos em primeiro lugar baratos, cabem em qualquer lugar, são práticos a sua maior qualidade é que conseguem guardar milhares de informações, musicas, vídeos, livros, jogos etc. tudo em um só aparelho, dispensando aparatos como fios, TVs, câmeras de vídeos e  aparelhagens de som, está tudo ali, naquele pequeno aparelho.
Os Ipods podem armazenar de maneira rápida, pratica, barata e em grande escala as informações que desejamos com definição e qualidade de altíssimo nível, em um pequeno aparelho podemos armazenar todas as musicas que ouvimos durante a vida e ainda sobra espaço.
Assim é o profissional de hoje, além de barato ele tem que ser versátil, ou seja, tem que saber fazer perfeitamente várias coisas ao mesmo tempo ( ou fazer por varias pessoas)  e de maneira rápida,  com alta qualidade, competência e maneira prática, pró ativa e ágil, além de demonstrar um poder de armazenamento de informação enorme, um profissional tem que ter mais de 10 gigabytes de cérebro só para sua rotina de trabalho.
Esses são os nossos dias, não tem como mudar, temos que nos adaptar e buscar essas características  se não meu caro você não passara de uma fita K7 desempregada.
            Sinceramente tenho tentado ser um Ipod profissional, tenho tentado desenvolver as características acima e assim galgar o tão sonhado sucesso profissional e um lugar ao sol, mas cada dia tem se tornado mais difícil, pois estamos sendo ultrapassados por novas tecnologias.
Essas novas tecnologias são esses garotos recém saídos da faculdade que invadem o mercado de trabalho cada dia mais bem preparados, parecem que já nasceram bilíngüe e com diplomas de pós - graduações e antes de aprenderem a andar já dominam as técnicas de informática, internet e tudo mais, e o pior que  por uma oportunidade de trabalho  eles topam ganhar menos e nós nos sentimos um velho PC Pentil 100.
Mais esses Ipods recém formados podem ter em si todos características práticas e técnicas que o mercado empresarial preza, mais isso não é tudo, ter conhecimento ( diplomas, cursos, MBE etc.) é bom, mais não é tudo, ser versátil é ótimo, mais não é tudo, ter alta qualidade é vital, mais não é tudo , ser barato é triste mais não é o fim, os Recursos Humanos buscam IPods de imediato, mais com o tempo eles percebem que na verdade o que eles buscam é o bom e velho vinil.
Sim! Lembra – se deles, os velhos bolachões negros, que foram usados por quase todo século XX e hoje estão abandonados em sebos ou viraram peça de decoração, os Ipods demonstram praticidade e resultados imediatos mais só os vinis nos mostram princípios.
Muitos profissionais Ipods desconhecem essa palavra que assim como os vinis estão esquecidas, acredito que os Ipods são uma tendência e necessidade de mão – de – obra de hoje, mais o vinil é eterno, sabe porque? Por que tendências e tecnologias passam, mais princípios são eternos.
Mas, o que o vinil tem haver com princípios éticos?
 Quem nasceu até a década de oitenta vai agora viajar comigo, quem nasceu depois vai só sentir a marola e tentar imaginar como era ter um vinil, pois ter um vinil envolvia mais que simplesmente ouvir uma música, quem quisesse ter um vinil necessitava mais que gosto musical, necessitava de foco, cuidado, atenção e reconhecer a limitação.
Então vamos dissecar o assunto.
Foco
 Os vinis não eram baratos, custavam caro, não havia internet para baixarmos os discos, então tínhamos que nos planejar financeiramente e lógico saber o que comprar, pois, comprar um disco ruim ou errado era jogar dinheiro no ralo ( isto em tempos de inflação alta era inadmissível).
Sabe o que fazíamos quando investíamos errado em um vinil? Nós presenteávamos aniversariantes que não tínhamos muita intimidade, assim eles não podiam reclamar.
Portanto, para não correr esse risco de perder o investimento tínhamos que saber o que exatamente comprar, que cantor iríamos levar para casa, era um processo lento, a escolha era seletiva, ouvíamos a musica muitas vezes  no rádio ou aos sábados no Cassino do Chacrinha*  e só depois saímos na busca pelo vinil, sabendo exatamente que álbum queríamos.
Quem queria adquirir um vinil tinha que ser determinado, econômico e ser extremamente focado.
Minha definição de Foco é “para onde a lente aponta”, ou seja, o que vemos e como vemos, para onde estamos apontando nossas lentes, desejos e vontades.
Então, foco é um principio de vida, uma virtude desenvolvida, empresas falam dele, palestrantes de motivação também, existem livros e cursos específicos para tratar o tema, mais foco é algo que mora dentro de nós, somos nós que o alimentamos ou o matamos de fome, somos nós que o despertamos ou o deixamos adormecido, ter foco é ter certeza que vamos realizar mesmo em meio as adversidades.
Somente quem comprou um vinil na vida pode entender do que estou falando.
Cuidado:
Ser dono de um vinil necessitava desenvolver a capacidade de cuidar, pois a partir do momento da compra ele exigia cuidado extremo, pois ao andar nas ruas devíamos evitar os esbarrões, no ônibus cuidado em não prensa – lo em algum passageiro e assim vir à quebra – lo.
Tínhamos que cuidar para que o frágil vinil não ficasse exposto ao sol, pois eles empenavam e antes de coloca – lo no aparelho de som tínhamos que limpa – lo com um pano e não esquecer também de limpar com cautela a agulha da vitrola, senão as musicas ficavam distorcidas e pulavam para uma estrofe a frente.
Mas, o maior medo de quem tinha um vinil era arranha – lo, arranhões eram terríveis, pois uma vez arranhados todo o processo estava perdido, a música não chegava ao final e ficava repetindo e repetindo como se o cantor estivesse engasgado ou de uma hora para outra ficasse gago.
Hoje muitos profissionais Ipod não conhecem o principio do cuidado, o cuidado é uma das nossas maiores virtudes e trunfos, seja na vida pessoal ou profissional, pois só quem sabe cuidar bem do que tem consegue zelar e valorizar cada conquista, temos que nos lembrar do ritual do vinil que consiste em limpar as poeiras que se acumulam em nosso trabalho e que embaçam a nossa visão e dificultam nossa respiração.
Temos que evitar os arranhões em nossas relações com os chefes, subalternos, pares, clientes e fornecedores, uma vida sem arranhões é o nosso maior desafio, pois só um profissional sem arranhões pode ouvir nitidamente   a música do sucesso.
Atenção:
 Lado A e Lado B, assim era dividido o vinil, apenas dois lados.
Portanto, tínhamos que ficar prestando atenção nas músicas, pois em meio a uma festa acabar o lado A e não ter ninguém para virar o disco podia significar a quebra do clima e tudo podia ficar sem graça ou com um vaco em meio a animação.
Sinto que muitos profissionais têm sofrido por simplesmente não estarem prestando a atenção, perderam a hora de virar para o lado B, muitas vezes o nosso lado A já acabou faz tempo e nós insistimos em não virar o disco, insistimos em algo que já acabou,
Profissional Ipod tenha atenção, tenha intuição e tenha coragem, vire o disco, muitas vezes o lado B é melhor, nos trazem novos desafios, metas, valores, experiencias e logicamente esconde novos sucessos.
Limitação:
Vinis são objetos limitados, ou seja, eram no máximo doze faixas,       nada de uma infinidade de musicas como se tem hoje, isso quando as gravadoras lançavam um disquinho chamado de compacto que eram apenas duas musicas, do lado A era a música de sucesso e o lado B uma qualquer só para completar, não se podia gravar por cima dessas musicas, nem apaga – las, muito menos aumentarem esse numero, era essa quantidade e só.
Os profissionais Ipods são forçados a absorverem uma infinidade de informações, conhecimentos, respostas etc. parecem que são ilimitados, tem que produzir, criar e trabalhar infinitamente, mas, assim como os vinis somos limitados, existem muitos profissionais a beira do estado de nervos e outros deprimidos, cansados, frustrados e fracassados, sabe por que ? Porque só temos doze faixas e fingimos que somos programados com dez gigabytes de memória.
Sou totalmente a favor dos profissionais Ipods, eles são uma tendência, necessários e urgentes , mais profissionais Ipods são como a tecnologia, em breve inventam algo novo e eles ficam obsoletos, mais se resgatarem os princípios do vinil serão eternos.