domingo, 11 de setembro de 2011

Ditador ou democrata?


Liderar não é uma tarefa das mais fáceis, pois exige antes de qualquer coisa um dom inerente na pessoa (líderes não são feitos em laboratório), Também se faz um erro pensar que nosso temperamento determina nosso poder de liderança, ou seja, quem tem um temperamento mais explosivo, pró - ativo ou dinâmico irá se destacar mais do que quem ainda não os tem.
Salientamos a princípio que o temperamento pode ser um fator importante e um potencializador dos atos de liderar. Mas não determina quem será ou não um líder.
Afinal, o que realmente faz uma pessoa um líder eficaz? O que realmente garante a Excelência da liderança? Com certeza a liderança eficaz é uma saborosa salada onde os elementos tem que ser combinados e misturados na proporção certa.
Portanto, princípios como caráter, competência, honestidade, firmeza, ternura, alvos, planejamento, organização, visão, austeridade e virtudes, isto aliados a  um conglomerado de centenas de valores positivos irão nos ajudar a viver uma liderança produtiva e sadia.
Mais existe um fator que sinceramente ainda não li em nenhum livro (se alguém encontrar, favor me passe à referência), pois o que irá determinar quem seremos como líder está ligado a uma  escolha, se seremos DITADORES ou DEMOCRATAS.
Os Ditadores são líderes meteóricos, hipnóticos e exuberantes, fazem nossos olhos brilharem, nosso coração disparar, quando eles afloram nos anestesiam, enchem nossas mentes com sonhos que ainda não sonhamos, nos enchem de esperanças e ideais grandiosos. Ditadores são fortes, inteligentes, semideuses da oratória e da articulação política. Pense em Hitler, Benito Mussolini, Stalin, Getúlio Vargas, todos fizeram suas nações explodirem em euforias patrióticas, revelando – se a resposta encarnada.
Mas com o passar do tempo a benção se torna maldição, a cura metamorfoseia – se em doença, os grandes sonhos populares revelam – se megalomania de um homem só.
Egoísmo, terrorismo, genocídio, sectarismo, xenofobias e intolerância afloram e quando o povo cai em si já é tarde de mais, os ditadores são aclamados e amados no início, mas quando mostram suas verdadeiras intenções já é tarde, a navalha já cortou a carne, a destruição já se abateu.
Todo o aplauso e hesitação inicial desfecham em um buraco negro na alma de quem rendeu a sua vida aos valores ditatoriais, em suma, quem escolhe ser ditador, será amado, aclamado, aplaudido, louvado e até mesmo divinizado, mas no fim não restará nada, nem sonhos, nem ideais, nem alegria e nem ditador.
Mais existe outra opção, o grande desafio de ser um democrata, digo desafio, pois lideres são tentados a se tornar ditadores, primeiro por causa do seu ego, segundo porque o povo exige que o líder o seja. ( o povo gosta de quem diz o que eles tem ou que não tem que fazer).
Mas ser democrata é que são elas, pois o democrata não trabalha com a força militar ou punitiva, mas é aliado da razão e do bom senso, são escravos da diplomacia, da boa negociação, do bem comum e do melhor para todos. Não olham apenas para o próprio umbigo, mais se apegam a ternura, a maturidade e a força e a mobilização da ética e da verdade.
Ser um democrata exige jogo de cintura, peito de remador, firmeza de um pilar, ouvidos apurados, faro de labrador, asas de águias, língua afiada e coração de leão, mais acima de tudo, alma de fênix, pois um verdadeiro democrata tem que estar preparado para a incompreensão e a todo o momento terá alguém tramando ou conspirando contra ele, pois mesmo que seja carismáticos dificilmente será verdadeiramente amado, a todo o momento será  incompreendido, ou taxado de fraco, mais seus exemplos sempre falarão mais alto que qualquer objeção.
Democrata e ditadores são o avesso, côncavo e convexo, pois ditadores assim como são amados serão destruídos, democratas são rechaçados e incompreendidos, mais ao final são amados e tidos como heróis eternos.
Liderar é uma arte mais, escolher que tipo de líderes será é uma questão de plena sabedoria. Faça a sua!




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