domingo, 11 de setembro de 2011

Até tú Brutus?

Até tú Brutus? Foi à frase exclamada pelo general romano Júlio César ao ser assassinado com uma punhalada pelas costas por seu traidor Marcus Junius Brutus.
            O que me chama a atenção, é que César não exclama um grito de dor pelo ferimento causado pela faca, mais exclama um grito de decepção, pois ao olhar para trás percebe mais que um punhal cravado em sua carne, ele vê o rosto de um amigo, de um aliado, alguém que ele se confessou e confiou plenamente, César se sente só, traído e desorientado.
Havia mais que uma tentativa de assassinato, ocorrera mais que um crime, pois naquele exato momento Brutus mostrara sua verdadeira face, a face de um traidor. Portanto, a dor do punhal se faz a menor de todas.
            Quem se propõe a ser como César irá encontrar – se com Brutus, pois César era um homem forte, um guerreiro implacável, dominava bem a arte da guerra e manejava como ninguém a sua espada, César era um orador sem igual, se expressava com clareza, convencia as pessoas a seguirem seus sonhos e a lutarem suas guerras.
César olhava para um bem maior, ele sonhara uma Roma livre, prospera, crescente, uma Roma que seria conhecida como a senhora do mundo, César era um trabalhador incansável (após as longas batalhas a noite ele  sentava – se e passava a madrugado escrevendo suas memórias, e no outro dia lá estava ele pronto para mais uma batalha) , César era um pregador apaixonado, um pensador ágil, um idealista grandioso, César era um vencedor, aquele que inspirava seus amigos e amedrontava seus inimigos, César era  um ser humano com um grande coração e uma alma suprema.
            E são esses Césares que são alvos dos Brutos, pois Brutus são fracos, covardes, precisam andar em bandos para se sentirem fortes e dominadores, Brutus não tem opinião formada, jogam no time quem está ganhando, são ágeis camaleões transformando – se diante das diversas situações, são atores dignos de um Oscar, pois podem choram, rir, demonstrar afeto e ternura, sabem dividir conosco o pão e  comer no mesma mesa  e ainda assim  trazer dentro de suas almas um plano de execução.
Brutus são mesquinhos, sorrateiros, ratos imundos, interesseiros, possuem uma mentalidade atrasada, não conseguem olhar nos olhos de quem quer que seja, Brutus são Brutus, não encaram, não dialogam, não são dotados de hombridade, fidelidade, amizade ou bom senso, tem apenas uma qualidade, sabem esperar, esperam pacientemente o momento do golpe, mas, como são Brutus, não conseguem atacar pela frente, não se revelam por completo, Brutus não tem como alvo o coração, alvejam somente as costas de quem os amou verdadeiramente.
            Lembre – se do Brutus da história em quadrinhos do Popeye? Pois é, ta aí mais um exemplo, este Brutus assim como os da história de César e os que encontrarmos pela vida são iguais, reencarnação da desgraça, pois esse personagem é um homem bronco, truculento, que tem uma aparência de forte e dominadora, mas passa a sua vida desejando a mulher de seu amigo, a magra e desajeitada Olivia Palito.
Pois bem, Brutus só desejam o  que não lhe pertencem, sonham com o que já tem dono, tem a cobiça de um lobo faminto, pois não são capazes de criarem seus projetos, pois só enxergam  a posição e desconhecem a beleza da amizade .
            No final da história o pequeno Popeye sempre vence, na História, os sonhos de César sobreviveram e foram além, pois seu sobrinho Augusto se tornou o primeiro grande imperador romano, um império grandioso que durou mais de mil anos.
E os Brutus? Ah! Os Brutus ficam pelo caminho da amargura cheirando o doce aroma do nosso sucesso.
   

           

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